A Casa Selvática promove ciclo de leituras dramáticas de quatro textos para teatro da dramaturga contemporânea transexual brasileira Leonarda Glück
Na obra de Glück aparecem temas como amor, neocolonialismo, globalização, linguística, fronteiras, tecnologia, guerra, ameaça nuclear, conflitos mundiais, Brasil, sexo, violência, dominação e poder.
CLÁSSICOS INÉDITOS DE LEONARDA GLÜCK – Leituras Dramáticas na Casa Selvática trata, com refinada ironia, das cambiantes relações culturais, políticas e afetivas que se estabelecem entre comunidades, países, continentes e seres humanos, acostumados sempre a legitimar e hierarquizar sua cultura por sobre todas as outras, mesmo que distantes e longínquas. Com um olhar lúcido e sagaz, os textos de Glück trazem a possibilidade de análise acerca do problema cultural contemporâneo que consiste em parodiar, satirizar hábitos, costumes e vigências estrangeiros à moda da própria cultura, nem sempre superior ou sequer melhor definida que outras por seu mero uso recorrente. A questão linguística surge para amparar, dialogar, sublinhar, negar e mesmo parafrasear saberes culturais, políticos e sociais determinantes de culturas seculares e/ou contemporâneas, enfatizando a necessidade de sensibilidade e conhecimento aprofundado sobre aquilo com o que não se tem familiaridade, chamando para o saber emocional e afetivo a responsabilidade de estabelecer vínculos mais duradouros do que o mero entendimento sobre fronteiras que separam nações e seres humanos, nelas trancafiando seus costumes, muitas vezes xenófobos e intolerantes.
Quatro artistas diretores lideram a encenação de cada uma das quatro leituras, realizadas de quinta a domingo, do dia 22 ao 25 de outubro. São eles Ricardo Nolasco, Gabriel Machado, Simone Magalhães e Semy Monastier; as obras para teatro a serem lidas no evento são “Linda Blair entra na sala”, “The Mango Tree”, “El Murciélago Desenfrenado” e “Cutelo Assassino – Uma Tragédia Grega de Atrocidades”; ao todo são mais de quinze artistas envolvidos no projeto, o primeiro em que a Casa Selvática apresenta dramaturgia contemporânea inédita, textos jamais levados aos palcos antes. A Casa Selvática abre uma hora antes de cada apresentação, para que o público possa circular pelo ambiente e familiarizar-se com as diversas linguagens que convergem dentro do espaço selvático.
SERVIÇO:
LINDA BLAIR ENTRA NA SALA
Direção: Semy Monastier
Com: Patricia Cipriano, Nina Ribas, Stéfano Belo, Saulo Meduna, Victor Hugo e Matheus Henrique
22 de outubro de 2015 (quinta-feira)
THE MANGO TREE
Direção: Simone Magalhães
Com: Verônica Rodrigues, Nina Ribas e Semy Monastier. Convidado especial: Hélio Brandão
23 de outubro de 2015 (sexta-feira)
EL MURCIÉLAGO DESENFRENADO
Direção: Gabriel Machado
Com: Gustavo Bitencourt, Stéfano Belo, Renata Cunali e Mari Paula
24 de outubro de 2015 (sábado)
CUTELO ASSASSINO – UMA TRAGÉDIA GREGA DE ATROCIDADES
Criação: Ricardo Nolasco e Patricia Saravy
25 de outubro de 2015 (domingo)
Entrada: R$ 10,00
Passaporte para os quatro dias: R$ 30,00
(Meia entrada para estudantes, idosos e classe artística)
A Casa Selvática fica na Rua Nunes Machado, 950 – Rebouças – Curitiba – Brasil.
1 comment:
Leonarda Gluck é uma mulher bela, sensível, uma dos seres humanos mais especiais, completos, inteligentes que conheci. Sua sensibilidade, sua beleza, sua radical opção pela vida, apesar de todos os sofrimentos, desilusões e incompreensões marcam a existência como algo que se dá sentido apenas pelo existir! Ela tão grande, eu tão pequeno!
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