Sunday, November 24, 2013

Troféu Gralha Azul 2013




A atriz, dramaturga e sonoplasta Leonarda Glück foi indicada ao Troféu Gralha Azul 2013, a principal premiação de teatro do Paraná (criada em 1974), pelo espetáculo As Tetas de Tirésias - Vamos esbofetear Ulisses, na categoria Melhor Sonoplastia.

É a segunda indicação ao troféu para a artista e, no entanto, a primeira vez que O Estábulo de Luxo, em parceria com a Selvática Ações Artísticas, concorre ao troféu paranaense.

"Só tenho a agradecer imensamente e cheia do amor que faz o nosso mundo girar aos criadores e idealizadores do projeto, e também a toda a equipe formada só por deusas fabulosas de proporções paquidérmicas: os meus parceiros incríveis e talentosos da Casa Selvática e da Selvática Ações Artísticas (que são novinhas mas que se você espremer bem sai um caldinho muito do gostoso)!



Viva o teatro e evoé bacchae!", rejubila-se.

Sunday, October 13, 2013

O espetáculo As Tetas de Tirésias - Vamos esbofetear Ulisses estreia no dia 17 em Curitiba - Paraná



O Estábulo de Luxo & Selvática Ações Artísticas apresentam:

"As Tetas de Tirésias - Vamos esbofetear Ulisses"

Uma peça de teatro surrealista baseada na obra de Guillaume Apollinaire é o ponto de partida para um tratado bélico. Novamente o amor, a paixão, o feminismo e a revolução. Ideologias datadas recriam o mito tebano de Tirésias. Teresa/Tirésias muda de sexo para ter poder entre os homens, alterar os costumes, acabar com o passado e estabelecer a igualdade entre os sexos.


Com: Danielle Campos, Leonarda Glück, Patricia Cipriano + artistas convidados

Concepção e Roteiro: Ricardo Nolasco
Direção: Gabriel Machado

De 17 de outubro a 3 de novembro
Quinta a sábado às 21h
Domingos às 20h
Preço sugerido: R$ 10
Lotação máxima: 15 pessoas por dia

Casa Selvática - Rua Nunes Machado, 950 - Rebouças
Reservas via estabulodeluxo@gmail.com


Nossas entranhas são tão démodés quanto o nosso penteado! 

Maiores informações clicando em Selvática Ações Artísticas 




Thursday, May 30, 2013

Com o relho no lombo de mulher

"Oh, querido meu, só te direi que o amo se me estourares o rabo até a última prega", foi a resposta que me ocorreu em meio ao estardalhaço dos metais, a produção em série dos carros, o alongamento a que o corpo masculino recorre diante da falta de trégua da natureza. Apenas em pensamento, no entanto, enquanto da parte da ação física o homem já me arrancava as roupas a dentadas e rasgações, socou-me a cara com o pênis ereto e viril, que esfregou com violência nos bicos dos seios endurecidos, acompanhou o tesão que produzia bem de perto com socos, tapas e mordidas que já faziam a existência desfibrilar. Eu pensava nas amigas feministas e na cultura do estupro durante o tempo em que era varada pela caceta animal em pleno vigor e abundância terrenos, eu dava risada entre uma contração muscular e outra, quase desfalecida da parafernalha da reprodução que queimava no meio das minhas pernas, não reconhecia borda alguma, entrava e saía à minha revelia para, ao final, cuspir a porra vital sem sinal algum de agradecimento. Tremente, pensei em fugir. Mas não poderia, aquilo se repetiria, era sina, era para o que viera, disse a que veio. Veio pro beijo socado com angústia, a mão espalmada nas nádegas brancas, firmes e frágeis, o relho no lombo de mulher. O sexo xamânico transcendental, a piada pronta, o grito de rebeldia deveria permanecer contido provisoriamente. Quando estourasse, todos saberiam o que é o amor.

Saturday, April 20, 2013

O Onipotente

Deus são as leis do universo. Deus é o cosmos se movimentando. Deus são as galáxias cheias de anéis. Deus são as estrelas ascendentes, cadentes. Deus é gás. Deus é poeira. Deus é buraco negro que a tudo engole, é piche. Deus é energia transcendental. Deus é Andrômeda. Deus é Atlântida. Deus é Pompeia, Chicago e Nagasaki. Deus é a arte, o sublime e o grotesco. Deus é Zeus. Deus é Iansã. Deus é uma nebulosa louca. Deus são as criancinhas ranhentas, a chuva torrencial, a água eterna enquanto dure, o sol subindo e descendo, o inigualável verde das plantas, o corpo em movimento, os céus azuis, vermelhos e acinzentados, as infinitas mudanças dos corpos cavernosos. Deus é a margarida, o porco espinho. Deus é a Beyoncé e a Valesca Popozuda. Deus é catar cavaco. Deus é o funk carioca. Deus é a guerra. Deus é a polícia. Deus é o amante traidor. Deus é dívida. Deus é o papel. Deus é a tinta. Deus é o sorvete de pistache. Deus são as aranhas marrons. Deus é o western spaghetti do Clint Eastwood. Deus é a Tailândia. Deus é o pastel da feira. Deus é o dinheiro. Deus é o cabelo anelado, o nariz adunco, o mamilo e o ânus rosáceos. Deus é a porra jorrando louca pra fora do pau. Deus é o suco da buceta. Deus é o meu orgasmo múltiplo. Deus é a queima da Bíblia, mas a paz, não








Deus não é a paz.