Sunday, November 30, 2008

Os meus esforços para ser mulher


Solta assim e amparada por muitas mãos, eu quero você aqui dentro.
Se escapar momentaneamente, eu logo dou um jeito e engulo tudo de novo.
Não gosto de me sentir tola e sozinha. A minha novidade no mundo não é a originalidade, esse mito desgastado e puído pelo uso desmedido. Gosto de ser bem servida de vara.
Gosto de ser abusada.
Gosto de ser descarada (mas cara).
Gosto de ser mascarada, apertada, batida, espremida até gozar....
Gosto de ser chupada no rabo e na alma.
É defeito obedecer aos instintos?
Se sim, então sou defeituosa por demais! 

Monday, November 10, 2008

A sobrecarga de informações é relativa!

Seu materialismo me comove. A vastidão de sua ignorância me assombra. Seu fascismo sem entusiasmo me assusta. Sua tecnologia me estimula. Seu positivismo não melhora nada. Seu modernismo está velho. Seu planejamento familiar fracassou. Quantas vezes por dia você realmente avança em questões importantes de forma intuitiva? Seu sensualismo me aciona.
(*briga e atira a boneca*)



Não quero robôs escravos. Se eu gostaria de viver no mundo dos botões? Seu progresso é conservador. Resolvemos agora, diante de todos, uma porção de dados sensoriais. Sua física newtoniana não é eficaz. Seu extrativismo aumentou. Seus raios luminosos cruciais. A Terra é plana. Seu relativismo não me importa. Sua decência me enoja. Eu sou cobra. Seu anarquismo é esclarecedor. Eu não aceito sua rejeição. Minha geometria é internamente coerente. Minha fé é pura. Sou moralmente imperativa! Quero que pouse - derrapante - em minha avenida central. Armazenarei tua seiva da criação em mim, como os camelos, para os vindouros tempos de guerra, mas não vou me matar no fogão. Libertem-se, soldados, saiam de seus esconderijos! Marchem! Marchem! Marchem pela fantástica cabeça eletrônica!