Quando meus olhos resolvem falar, meu coração se cala.
E eu quero sugar a medula do mundo!
Desenvolver novas técnicas de divulgação do amor, porque a loucura, boa marketeira, se divulga por si própria.
Sinto o feto de Deus revirar minhas entranhas, semente divina.
Mantenho a trilha florida à distância, por hora prefiro a companhia dos espinhos.
Sendo eu mesma uma bandoleira nata, obviamente que sempre ajudo na fuga dos pistoleiros.
Sangue cigano, espírito nômade, fui assassinada com seis tiros a queima-roupa.
Vivo a vida, seqüência interminável de dias recheados de confusão mental plena e apoteótica.
Mas não se pode ser uma débil mental hoje em dia, pode?
Desde quando operará a humanidade sobre matéria envelhecida?
Matéria envilecida.
Minha mediocridade morreu.
Em todas as esquinas vêem-se montes de lixo sendo atacados por gatos esqueléticos matando uma fome insaciável.
Meu quarto cheio de folhas secas, uma mulher que soluça na escuridão é uma mulher precisando de amor.
Estou sendo atacada.
Logo eu, a sertaneja!
Logo eu, cujos dentes formam a escadaria perfeita para o teu amor.
Logo eu, tão estimulada.
Eles não conseguirão me deter!!
Eu juro!!!
Continuarei a ser tua humilde criadinha, numa saga de luxúria, violação, culpa e remorso.
De vinho, terra e sangue.
Eu sou Alice.
Este território é meu.
O País só é das Maravilhas porque a referência sou eu!
Eu sou Alice, isto me basta.