Thursday, November 10, 2011
Friday, October 21, 2011
Friday, September 23, 2011
microparte de estudo pornográfico Žižzichoen I
No primeiro instante, já de pernasabertas, mandou:
- O buraco ta aí, você faz se você quiser, a escolha é tua.
Inconformado e excitado a um só tempo, que figura autoritária de pernas abertas. Hoje em dia os parâmetros tomados são outros, é preciso que se diga. As palavras já não conseguem mais abarcar tudo o que queremos extrair delas, é um esforço penoso, mas excita, e excita muito. Eu, mais uma dessas figuras autoritárias por detrás do pano ecrã tátil, hoje abaixo dos meus dedos, sinto-me muito excitada nesse instante. E devo ainda fazer aqui um apêndice: sinto-me borbulhada de todos os desejos, o buraco ta aí, já ficando torto de tesão.
O rapaz – preciso dizer aqui que se trata de um rapaz pelo aquilo que sensorialmente o corpo diz tratar-se de um rapaz, eu sei o que é um rapaz, no sentido bíblico, a problemática do gênero fica aqui poeticamente subjacente, dada uma certa incompatibilidade de gênios entre esses estudos e o correr fácil literário – avermelhado, arfava, como uma flauta prestes a ser tocada, arfava mesmo com a idéia da possibilidade como ideal, e sim, claro, foderia a moça. Há moças que necessitam muito de ser fodidas, eu, mais uma dessas figuras fodidas por aí, que sinto-me bastante fodida muitas vezes troquei o sentir pelo ser. O transcorrer, o mundo é um atulhado de instituições mortas.
Fodida e iluminada, trânsfuga e translucidamente lúcida. Ficava lúcida após o coito anal, e depois iria limpar os assoalhos!
Tuesday, September 06, 2011
Léo Glück na Edição 4 do Jornal TransNews e na Revista Viração 76!
Friday, August 05, 2011
El Gran Cabaret Porno vem aí!
Wednesday, June 29, 2011
Wednesday, June 15, 2011
De uma simplicidade de polaca
Monday, April 11, 2011
Tuesday, January 18, 2011
Marafonaria Service Room Capítolo Um
Ela pensa em dinamite. Pensa no extremo oriente. Em dois únicos cogumelos explosivos o norte e o sul, como lhe havia dito uma vez o avô desdentado: dentes de quem picota couve. Ordena ao professor que se retire, não há ali espaço para mais nenhuma explicação. O exercício acabara, toda a filosofia aflita acabara. Sim, a cueca está arreada. Por um canto a cabeça do pau mole que escapa. Contínuo, o pau da moça é róseo e combina em gradientes de cor com todas as suas mucosas corporais. Provocam encanto, fascínio, atenção redobrada e tensão. Um tapa havia estalado ali perto, na dobra mortiça, folha dourada mortuária em encantos de Morfeu. Mas ela havia se queixado da cansativa argumentação falha e espúria, porém espirituosa, coisa de quem manda, coisa de quem obedece, classes em luta e tudo o mais, o verde oliva de uns olhinhos miúdos repuxados nos cantos pela pouca idade emocional do pai que já envereda pelo ridículo. De dentro do kocsi, um dia, ali, naquela casinha de porta e muro brancos, eu serei feliz, havia dito o professor malandro, malemolente, rebolativo e um pouco bicha demais, apesar de sexualmente fluente. A rapariga, batizada pela amiga portuguesa sem bigodes, ficou sem graça, fugiu do assunto, mordeu a isca, mentiu a fita, pediu a dica e arriscou: “um dia eu já fui, sabia? espalhafatosa como eu, sempre à beira de uma certa marafonaria avançada, quase congênita e, apesar de censurada, censurável, reprimida e adorada e confundida, fui amada, sim. Em qualquer canto aí desses dos quatro do mundo, eu fui amada.” Ele não devolveu a atenção. Pagou e já estava pensando na esposa em casa, com quem tanto brigava, nas malandrices das namoradas criminosas de seu passado ingrato. Não ouvia mais sua voz, seu corpo. Pensativo e resfolegante, divertia-se com as entrelinhas burlescas da discussão sem volta. Em algum recôndito ardido de sua memória podia ouvir-se, lenta e pausadamente: “nós somos o encontro de duas tristezas”, acendeu um cigarro e fumou, como se fumando apagasse o próprio filho que cresceria sem orgulho de um pai-mãe tão repetitivo em seu papel social.