Quero ser alçada
Colada na base cambiante de cumulus & nimbus
Raios, tormentos & trovões perpassando cada célula do meu ser indisponível & terreno
Eu sorrio no alto, cruzada, cruzeira
Em riste um dedo, na língua uma palavra úmida, babosa
Presa na chuva sem pressa de um amor possível
Esgotada de águas fronteiriças
Areias movediças & mais, além, inconstante como homem que não é senhor de si & medra na hora errada
A meia ensopada & as dobras carnais sonolentas
Doridas, lambidas & resfriadas
Para a próxima temporada eu guardarei em meus seios o colostro animado que, junto com meu púbis mordido & pelado, te fará reviver das cinzas históricas.
Esboço de análise semiótica de "Sem Anestesia", de Rogério Skylab
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“Ai!”, grita o sujeito, que cumpre também a função de interlocutor no
impasse entre estesia e anestesia que o texto “Sem anestesia” empreende. Um
int...
4 years ago