O paraíso é foder como uma bilionária.
Sem pêsames, sem pejo, sem morte.
É deixar os olhos correrem o rio nunca antes visitado. É falar com estranhos. É meter com estranhos altos & morenos em ruas escuras. É se deixar penetrar pelo puro prazer do momento, sem histeria, sem dó, com fanfarra, sem pensar no futuro. O futuro, aliás, deveria ser apenas uma consequência fluída de um contexto pré-estabelecido. O paradisíaco futuro das crianças que se masturbam & se deixam livremente masturbar. O fogo-fátuo dos assassinos sedutores, a boca aberta das voláteis donas de casa em douradas cintas-ligas cheias de comoção futura. O bico do peito endurecido por ter visto um pênis grande de macho. As tripas sangrentas do filho incestuoso de Tiamat. As filhas fodidas pelos pais, os irmãos que se comem em inequívoca congregação da nova carne futura. Os estilhaços da noite, as cascatas de luz fulminante, o imponderável desejo desconhecido.
A justiça não pode ser obtida por nenhuma lei que seja.
Os crimes reais não podem ser cometidos contra o "si mesmo" ou o "outro", mas apenas contra a mordaz cristalização de ideias em estruturas de Tronos & Dominações venenosas.
Porque todo o dinheiro gasto com a beleza será alquimicamente transformado em elixir. Mas não libertinagem estúpida, & sim crimes exemplares, estéticos: crimes por amor.
& porque eu gosto de pau grande, sim.
;)