O homem e a mulher deixaram de fluir. Foram enterrados os modos de produção eficazes. E sinto-me feliz em poder repassar com alegria desmesurada tal informação. Perdi a hora do chá, perdi a solução de bolso, perdi o sono em uma noite de lascívia giratória. Despretensiosamente esvaziei o sentido original do corpo e amamentei. Amamentei quando amamentar era impossível! Comecei a vislumbrar a novidade da destruição do verbo, da fluência magnífica que o caos desenvolve a partir de centros intensos de carne. Queimei as cartas do passado e busquei os autores da tragédia para a possível mão jamais dada. Esporrei com gozo na língua indecifrável do globo. Estou agora tentando fugir da boca engolidora do destino, com as mãos cheias de panos e baldes para a limpeza futura sempre necessária. A sociedade não me permite o livre orgasmo sem consulta prévia. Não me quer dar de beber o sêmen de quem EU quero tirá-lo. Não permite o consenso carnal de partes não-envolvidas de mim. (onde diabos porei o coração?) Não me facilita o uso descompromissado de equipamentos motores fadados ao fracasso por falta de utilidade. Não faz mal, eu sigo em frente. Decido politicamente. Decido o juízo. Decido com que espécie restrita o meu sexo unirei. Decido conscientemente, desvio do embaçado foco momentâneo (durará meu sempre para sempre?) em favor da saída honrosa de âmbitos embotados.
Toda diva é, por ideologia, bem como um pleno farrapo humano, uma plena realização subversiva.
Levo comigo a certeza certeira implícita nesse meu jogo de joguete naturalizado pela civilização: ainda gozarei gritando na cara de um magistrado.