meu nome próprio de batismo, uma personagem autoral que habita em mim.
Dudude Herrmann
Dança em pleno rosto
A pobre piedade confinada
Nelí Melo
Respirar tornou-se impossível
Dez os dedos em minha garganta
O oxigênio em balões estourados
E meu olho ainda brilha.
Talvez mais, talvez sujeira, talvez tardio, talvez tempo
Parceira do vazio, a estrada está cheia de flores
Talvez eu mereça
Talvez jogo de Satã.
Minha face é uma só
Minha beleza renascentista
Minha fama de rês
Homônima ferida minha.
Eu não durarei para sempre,
conheço as impossibilidades de cor,
imploro pela segunda chance,
esqueço os joelhos na pedra.
Somente o vento me respeita
A água me alimenta
O vácuo me suporta
A morte me aguarda.
Foram anos, reconheço
Foram embora para nunca voltar
Foram amigos, foram certeiros
Eu deponho minhas flechas e espero, de calcinha abaixada, brega e caída, argila na cara, cabela louca, ninfômana estóica, contando pentelhos furunculosos, não me sinto à venda, ainda